eu estava aqui, pensando no que escrever, quando eu me lembrei de um texto que tinha escrito no tiopando em 2010 (meu deus, só aí já vão aí oito anos que a gente se conhece). foi no começo de junho, o que eu agora acho engraçado, e eu falava, sem nenhum pretexto específico, do quanto eu gostava de você.
sabe, uma das coisas que sempre me ocupam a mente é o modo como eu conheci as pessoas. há algo de mágico aí, para mim; eu tento entender, depois de algum tempo, como alguém começou em um espaço tão pequeno no meu coração e se tornou tão grande.
quando eu te conheci pela primeira vez, você ainda nem era andré — era taran, naquele tempo em que podia ser perigoso dar seu nome "de verdade" para pessoas que você não sabia exatamente quem eram ou onde moravam. eu não me lembro como nós começamos a conversar tanto, ou quando eu te adicionei, mas me lembro de ter gostado de você desde o princípio; do modo como você falava, escrevia, se comportava em meio ao grupo. você sempre foi uma pessoa querida, e isso era claro para mim por tudo o que as pessoas ali falavam sobre você. eu esperava você entrar (o que era raro, na época), e ficava feliz quando podíamos conversar.
(a gente nunca realmente chegou a escrever juntos assim, nessa coisa do rpg, e isso é uma das coisas mais engraçadas, pra mim)
em alguns casos,é só disso que eu me lembro: do momento em que conheci alguém importante. queria saber como entramos em todos os assuntos que nos levaram a outros, que nos levaram a falar sobre livros, e filmes, e músicas — e a gente falava tanto sobre músicas, e era sempre tão bom. você me mostrava coisas de que eu gostava, como charlie e tom e amanda palmer, e você me apresentou akata witch, e me mandou a promoção do kobo, e você queria fazer um blog comigo, e a gente conversava quase todo dia pelo chat do facebook. é quase inacreditável, parando para pensar sobre, que eu tenha ficado tanto tempo sem falar com você, quando você e eu somos, a meu ver, tão parecidos. é inquestionável que eu tenha sentido muitas saudades, pela mesma razão.
eu queria ter algo mais profundo para dizer aqui, mas queria dizer que te amo, "só". eu gosto de falar com você e te contar do meu dia e ouvir sobre livros e sobre a plutão e sobre os códigos da cosac, eu gosto de ouvir suas opiniões sobre tudo e saber que eu posso me abrir, mesmo depois de tanto tempo, porque você vai me entender; e que você pode se abrir comigo, também. eu gosto de ficar feliz porque você me mandou mensagens quando eu saio do trabalho, mesmo com tudo uma loucura e eu respondendo pouco; eu gosto do quanto eu fiquei contente por você me aceitar de volta. eu gosto de tantas coisas relacionadas a você, porque — eu não sei bem explicar, mas é algo como: você é uma pessoa maravilhosa. você é gentil e engraçado e você abre seu coração e você fala das coisas que você gosta e você tem sonhos e medos mas você vai atrás dos seus sonhos apesar dos medos.
eu ainda me sinto da mesma maneira que me senti quando você me apresentou tom milsom e eu senti que aquilo me representava de uma maneira absurda, eu ainda me sinto da mesma maneira que me senti quando falávamos sobre regina spektor.
(meu coração poderia explodir de felicidade e amor, eu juro)
eu amo muito você, e desculpa a demora. feliz aniversário, dré.